Fernando Santos desperdiça uma oportunidade de ouro para ganhar a confiança dos adeptos.
Sem um extremo direito de raiz, o Benfica aposta na troca de Nelson por Alcides para aproveitar as melhores qualidades defensivas do brasileiro. Mas com esta aposta simplesmente o Benfica não existe em todo o corredor direito.
Esta mudança e recuo defensivo á direita, podia permitir que se atacasse o Celtic pelo seu ponto mais fraco, a lateral direita. Alcides só com preocupações defensivas, deveria permitir uma liberdade para Léo subir, com a ajuda de Simão na linha, faziam o que queriam do fraco defesa direito.
Mas ao contrário do discurso do treinador, o Benfica entrou encolhido e pequeno. Petit e Katsouranis juntavam-se muitas vezes às linhas defensivas e sem laterais ofensivos o ataque estava sozinho e entregue a si próprio.
Katsouranis enquanto teve pulmão ainda foi cumprindo o papel de box-to-box. Nuno Assis foi-se mexendo no meio, mas está longe de conseguir ser um organizador de jogo. Depois vem um assassinato táctico, Simão no meio. Koeman na pré-epoca tentou utilizar Simão a dez e deu-se mal, Simão só existe colado a lateral. Mais de um ano depois, repete-se a brincadeira, mas desta vez num jogo a doer. O resultado foi semelhante.
Faltou atitude atacante, Léo e Simão a atacar pela esquerda, meter um médio à direita e com isso obrigar o Celtic a refugiar-se mais atrás, expondo todas as suas debilidades defensivas. Obrigando os alas (nomeadamente Nakamura, o único tecnicista da equipa) a recuar para as compensações defensivas.
Foi-se jogando no contra-ataque pelo meio. Pontapé para a frente e Miccoli e por vezes o escondido Nuno Gomes em corrida.
A melhor oportunidade surge cm Léo a explorar o flanco, tira um bom centro e Katsouranis (o único médio que entra na área) a cabecear perto da baliza,
Na segunda parte Katsouranis estourou fisicamente e a ligação para o ataque foi-se perdendo.
Logo na recomeço surge o golo do Celtic. Espelho de todas as fragilidades Benfiquistas. Alcides com dois jogadores na sua zona (faltou um ala/extremo), depois foi apenas uma constatação à La Palisse, quem mete 4 ou 5 jogadores na área tem mais hipótese de marcar do que quem mete apenas 1 ou 2.
Nuno Assis de seguida manda a bola à barra, falta de sorte benfiquista, mas foi o canto do cisne.
A partir de um canto para o Benfica, contra ataque e golo escocês. Faltou um defesa a atacar o jogador da bola e depois Nuno Assis péssimo a defender Miller.
Existem coisas básicas no futebol, uma delas é que num contra ataque adversário, os defesas nunca devem correr todos para trás a acompanhar a jogada. Tem sempre que existir um que ataque o homem da bola.
Acabou aqui o jogo. Fernando santos aposta em extremos e o Benfica começa a incomodar a defesa do Celtic. Mas o jogo já tinha terminado à muito.
Basta ver as vezes que Simão passou pelo defesa direito em 15 minutos para se perceber o que seria se a aposta fosse inicial.
Agora está mais difícil, com muita sorte e ajudas externas pode-se passar.
O próximo jogo para a Liga dos Campeões é no Dia de todos os Santos (mas antigamente chamavam a este dia, Dia de Finados). Vamos lá ver se finalmente os Santos da casa fazem milagres, ou se vai pela antiga designação para o 1 de Novembro.